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domingo, 14 de abril de 2013

"Mas o devaneio não conta histórias. Ou, pelo menos, há devaneios tão profundos, devaneios que nos ajudam a descer tão profundamente em nós mesmos que nos desembaraçam da nossa história. Libertam-nos do nosso nome. Devolvem-nos essas solidões primeiras, essas solidões de criança, deixam em certas almas marcas indeléveis. Toda a vida é sensibilizada para o devaneio poético, para um devaneio que sabe o preço da solidão. [...] Como não sentir que há comunicação entre a nossa solidão de sonhador e as solidões da infância?" (Gaston Bachelard: A poética do devaneio)
...rabiscava um guardanapo amassado, como disse Rimbaud, fixava vertigens.