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segunda-feira, 14 de junho de 2010


De olho no olho da rua


Moita

Ontem, nem oito da noite, vi um casal trepando dentro de um fusquinha creme numa rua semideserta atrás de casa. O mais curioso é que a ruazinha dá pros fundos de um motel. As janelas do fusquinha estavam abertas, só consegui ver a sombra de uma das caras, que se levantou quando ouviu passos, o que fazer nessas horas? O negócio parecia bastante animado. O vigia da rua assistia tudo como é comum dos vigias assistirem tudo: com cara de averiguação. Alguns viralatas ao redor também. Dois deles, inclusive, cheiravam os pneus do carro. A vida real é muito convincente.

Texto extraído de: http://didimocolizemos.wordpress.com/2010/04/23/moita/

Entre achados e perdidos da vida como ela é o real nunca é muito convincente, mas não se pode duvidar de um vigia com cara de averiguação, farejando a cena de um casal trepando dentro de um fusquinha creme em uma rua semi deserta que dá para os fundos de um motel.

Daí em diante tudo é matéria de história nessas imagens-memória.

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